Páginas

domingo, 9 de março de 2014

Tem manual novo de criação de peixes nativos publicado pelo Sebrae MT!

Há um novo Manual de Criação de Peixe Nativos. A publicação é uma iniciativa do SEBRAE que vem promovendo várias ações para popularizar as técnicas e também dos produtos da aquicultura.



O manual chama-se:
“Como Iniciar Piscicultura com Espécies Regionais: Saiba como ter lucros  criando peixes das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.” 
Para baixar acesse:

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Interesse na aquicultura cresce no AM, segundo registros do IPAAM

     
       Em 2013, o Instituto de Proteção no Ambiental do Amazonas (IPAAM), por meio da Gerência de Controle de Pesca (GECP), realizou 405 novos cadastros e licenças expedidos para a atividade de aquicultura, o que representou um 62% em relação a 2012.
      O trabalho é uma ação conjunta com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), responsável em levar a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) aos novos empreendedores do pescado na categoria produção familiar, para melhorar o desempenho da atividade e contribuir com os requisitos do processo de regularização.
      Para a gerente de Controle de Pesca (GECP) do IPAAM, Raimunda Nonata Lopes, essa crescente demanda acontece devido à parceria dos dois órgãos que estão sempre em consonância para simplificar e agilizar os procedimentos de regularização das novas pisciculturas e como política econômica do Governo do Amazonas para geração de emprego e renda no Estado.
   O Cadastro é expedido para empreendimentos de pequeno porte considerados aqueles até cinco hectares de lâmina d’água e 1000 m³ em tanque-rede e 500 m³ em canal de igarapé, conforme a Lei Estadual de Licenciamento Ambiental n° 3785/12.
Manaus
   Com 103 pedidos de registro, Manaus foi o município com maior procura por licenciamento, seguido por Itacoatiara (41), Rio Preto da Eva (33), Presidente Figueiredo e Careiro (26).
   Segundo o presidente do IPAAM, Antonio Ademir Stroski, o Instituto está facilitando cada vez mais o licenciamento ambiental, principalmente no setor primário, em destaque para as duas modalidades de criação de pescado – piscicultura e aquicultura, mas ressalta que o avanço na resolução das questões fundiárias pelos órgãos responsáveis vai possibilitar a liberação de mais licenças ambientais para o setor primário para empreendimentos de maior porte (acima de cinco hectares de lâmina d’água).
     “Um empreendimento de piscicultura e aquicultura de grande porte precisa ter uma documentação fundiária. Nossa expectativa é trabalhar para expedir mil licenças por ano no Estado, meta para 2014”, destacou Stroski.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Piscicultura 

Rastreabilidade para o tambaqui em Rondônia

Projeto permitirá a identificação genética de reprodutores do peixe tambaqui.
Rondônia desenvolveu um projeto que busca evitar a consanguinidade e fornecer alevinos (filhotes de peixe) de melhor qualidade com origem conhecida para o mercado. 
Em conjunto com o grupo de pesquisa PeixeGen , da Universidade de Maringá (UEM), o Sebrae/RO iniciou uma pesquisa de identificação genética de reprodutores de tambaqui. 
O projeto Rastreabilidade do Tambaqui de Rondônia permite avaliar alevinos com origem genética conhecida, estocados em tanques sem renovação de água. Os animais estocados (com identidade genética conhecida) foram identificados com microchip para acompanhamento individual. Todos os meses eles são pesados e medidos, com coleta de sangue para acompanhamento do estado fisiológico. 

Criação de tilápia no Espírito Santo


Um projeto do Sebrae no Espírito Santo ensina um grupo de pescadores a criar tilápias. Além de gerar trabalho e renda, a experiência na área da piscicultura já abriu novas oportunidades de negócios e multiplicou a renda. Hoje, os pescadores já contam com 156 tanques-rede, com mais de 70 mil tilápias. Confira a reportagem do programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios. 

Espécies de pescado mais cultivadas em água doce

As espécies variam conforme as condições ambientais de cada região
No Brasil, diferentes espécies de pescado são cultivadas, porque elas variam de acordo com as condições geográficas das regiões. A seguir são apresentadas informações sobre as principais espécies cultivadas em água doce no Brasil e outras ainda promissoras para aquicultura nacional.

Tilápia

Também conhecida como Nilótica, St. Peter, St. Pierre, Chitralada, Vermelha. Originária da África.

Hábito alimentar: Podem ser onívoras, herbívoras ou fitoplanctófagas, dependendo da espécie.

Sistemas de cultivo: Pode-se cultivar tilápias em viveiros escavados, raceways ou em tanques-redes.

Aspectos produtivos: Chamada de “frango d’ água”, a tilápia é cultivada em 24 dos 27 estados brasileiros, é a espécie de água doce mais cultivada no país desde 2002. Os machos crescem mais que as fêmeas. Por esse motivo, os cultivos intensivos buscam a reversão sexual. As fêmeas incubam os ovos na boca. Esses peixes superam variações de temperatura e se adaptam a concentrações de sal. Em 2006, o Ceará foi o maior estado produtor com 23,8%, seguido pelo Paraná com 16,5% e São Paulo com 14,2%. A tilápia é considerada o “carro chefe” da aquicultura continental brasileira.

Carpa Comum

Também conhecida como Carpa Espelho, Carpa Capim e Carpa Cabeça Grande.

Hábito alimentar: Onívora, herbívora e zooplanctófaga.

Tamanho/peso: Podem chegar a mais de 100 kg. São normalmente comercializadas de 2 a 6 kg.

Sistemas de cultivo: Em sua maioria são cultivadas em viveiros escavados e, em muitos casos, consorciadas com outros animais ou culturas agrícolas, como o arroz.

Aspectos produtivos: Foi a primeira espécie introduzida no Brasil para repovoamento e cultivo. Devido ao clima, os cultivos de carpas se concentram na região sul e sudeste, tendo como principal produtor (em 2006) o Rio Grande do Sul, com 47,6%, seguido de Santa Catarina, com 22,7% e São Paulo, com 16,9%. Algumas espécies de carpas também são muito utilizadas na aquariofilia e em ornamentações.

Tambaqui
Origem: Bacia Amazônica.

Tamanho/peso: Podem chegar a 45 kg e medir 90 cm de comprimento.

Hábito alimentar: Na cheia, alimentam-se de frutos e sementes. Na seca, de zooplâncton. Na aquicultura consomem ração balanceada.

Sistemas de cultivo: O sistema mais utilizado para o cultivo dessa espécie é o viveiro escavado, mas também são cultivados em tanques-rede.

Aspectos produtivos: Comporta-se bem no policultivo desde que seja a espécie principal. Os principais produtores (em 2006) foram: Amazonas, com 19,2%; Rondônia, com 14,9%; e Mato Grosso, com 14,7%. A maior parte do tambaqui produzido é consumida nos mercados locais de suas regiões.

Pacu

Também conhecido como Caranha e Piratinga.

Tamanho/peso: Podem chegar a 20 kg e medir 80 cm de comprimento.

Hábito alimentar: Onívoras com tendência a herbívora. Alimentam-se de frutos, sementes, folhas, algas, raramente peixes, crustáceos e moluscos. Na aquicultura consomem ração balanceada.

Sistemas de cultivo: O sistema mais utilizado é o viveiro escavado, mas também podem ser cultivados em tanques-rede.

Aspectos produtivos: Comporta-se bem no policultivo desde que seja a espécie principal. A região Centro Oeste se destaca na produção. Em 2006, o Mato Grosso participou com 48,1%, Mato Grosso do Sul com 14% e Goiás com 9,8%.

Tambacu

Origem: É uma espécie híbrida (fêmea de tambaqui e macho pacu).

Tamanho/peso: Podem chegar a 30 kg e medir 80 cm de comprimento.

Hábito alimentar (em cultivo): Ração balanceada.

Sistemas de cultivo: O sistema mais utilizado é o viveiro escavado, mas também podem ser cultivados em tanques-rede.

Aspectos produtivos: O Tambacu, por ser uma espécie hibrida, superou as expectativas, ultrapassando suas origens, no caso do Pacu. Dentre os principais produtores (2006) estão: Mato Grosso com 47,6%, Mato Grosso do Sul com 12,3% e São Paulo com 9,4%.

Pirarucu

Hábito alimentar: Carnívoro.

Peso: Podem chegar a mais de 200 kg e 3 m de comprimento.

Sistema de cultivo: O sistema mais utilizado é o viveiro escavado, mas já existem alguns experimentos em tanques-rede.

Aspectos produtivos: Seu cultivo ainda é insipiente. Nos primeiros experimentos chegou a crescer mais de 6 kg/ano. Apesar de ser uma espécie carnívora, aceita bem ração com altos índices de proteína, desde que seja feito corretamente o acondicionamento alimentar. Sua carne não tem espinhos em ‘’y’’ e são comercializadas em mantas de pura carne. Apesar do grande interesse, o seu pacote tecnológico ainda não está totalmente definido, porém, é uma das espécies mais promissoras da aquicultura brasileira

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Licenciamento Ambiental na Piscicultura

Licenciar ambientalmente sua criação de peixes é passo importante para regularização do seu negócio. É também a fase mais demorada e custosa de todo o  processo (que inclui o Registro do Aquicultor no MPA). Deve ser realizado diretamente no órgão ambiental responsável no seu estado e/ou município, com auxilio de profissional inscrito no CREA.
Alguns estados concedem isenção ou licenciamento simplificado à pequenos produtores. Para informações sobre o tamanho máximo para esse enquadramento, você deverá consultar a legislação específica do seu estado.
Importante saber que com o licenciamento ambiental, o piscicultor pode acessar crédito ruralincentivosisenções fiscais e participar de programas de aquisição de alimentos do governo. Ainda evita problemas com a fiscalização ambiental, como advertências, multas e suspensão da operação.
Outro ponto é sobre o atendimento de mercados mais exigentes em sustentabilidade: piscicultor regularizado atende a norma numero 1 de responsabilidade ambiental!
Para saber mais sobre este processo, o governo federal preparou uma cartilha denominada “Licenciamento Ambiental da Aquicultura – Critérios e Procedimentos” que orienta os produtores, técnicos e fiscais ambientais sobre a  Resolução Conama 413/2009, legislação que define sobre o licenciamento da aquicultura.
Para baixar acesse o link abaixo:

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Piscicultura - Como Iniciar

- Como iniciar
Inicia-se a piscicultura com a avaliação de um local para o criadouro. Após isso, é necesária a escolha das espécies a ser cultivada. São relevantes alguns aspectos, tais como: adaptação da espécie, qualidade da água, nível de oxigênio, acidez e outros. Precisa de autorização governamental de órgãos como IBAMA e o Ministério Público, salvo se for lugar de pesca esportiva, como pesque-pague ou pesque- solta. 
Depois de escolhido o local e devidamente autorizado pelo governo, deve-se escolher a melhor espécie de alevinos(filhotes de peixe) de boa procedência. A partir disso, com um bom manejo, aplicando as técnicas de reprodução, nutrição, obtém-se alta qualidade produtiva e, consequentemente, bom retorno financeiro.
 

  •  Preparando o terreno
terreno1.jpgO criadouro ou viveiro da piscicultura pode ser um reservatório escavado em local natural, onde haja sistemas de abastecimento e de drenagem da água, a fim de encher ou esvaziar o tanque em curtos intervalos de tempo.  O tanque tem sua estrutura parecida com a do viveiro; revestido com alvenaria de pedra ou tijolo em concreto. Na piscicultura são usados diversos tanques, dependendo  da sua finalidade (manutenção de reprodutores, preparo de reprodutores, acasalamento, criação de pós-larvas e de alevinos, engorda, etc.).
Os viveiros são classificados em dois tipos:


Viveiro de barragem – é construído no fundo de um vale, onde corre curso de água em  córrego ou olho d'água, mediante o crescimento de uma pequena barragem ou dique.

Viveiro de derivação – escavado ou elevado no terreno natural, é abastecido por água de nascente, de uma represa ou açude, por meio de um sifão, galeria etc. A água é conduzida por canais abertos ou turbilados ou até mesmo por bombeamento através de curso de água ou reservatório, dando controle de entrada e saída de água.
O tanque é menor que o viveiro, tendo sempre características de derivação

.
  • Qualidade da água
agua.jpgA água deve ser de qualidade. É importante verificar a temperatura dela, pois isso influencia na reprodução e no crescimento do pescado. Temperaturas muito baixas ou elevadas atingem negativamente na alimentação dos peixes. Mede-se usando um termômetro de imersão com escala de 0 a 50ºC. A água do fundo é tirada por um frasco com tampa, que é destampado quando atinge a profundidade desejada. É preciso levá-lo depressa para a superfície e a temperatura da água no interior medida.
Quanto mais transparente a água, maior será a penetração da luz, essencial para os seres produtores de matéria orgânica, os fitoplânctons, bactérias fotossintéticas e macrófitas aquáticas, organismos que dependem da luminosidade para fazer fotossíntese. As águas claras são as melhores para abastecer os tanques, levemente azuladas ou esverdeadas. Com um instrumento chamado disco de SECCHI é possível medir a transparência da água.
Amarra-se o disco com um cabo de náilon de 3/16”, mergulha - o até que não seja mais visto. Através do cabo, faz-se a medição da profundidade e a transparência da água dos viveiros deve ser menor do que 30cm.  


  • Quantidade de água
A quantidade necessária para encher o criadouro é diretamente proporcional à capacidade de acumulação, calculada com base em sua área e profundidade média. Por exemplo, quando ele possui área de um hectare e profundidade média de um metro, deve enchê-lo com 10 mil metros cúbicos de água, em intervalo de no máximo, 72 horas. Depois de cheio, só se coloca água para compensar as perdas por evaporação ou percolação.

  • Características Químicas
Quando der início à construção do tanque, é necessário conhecer o pH, dureza; alcalinidade e teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, ferro e alumínio. No caso do ferro e alumínio em alta escala no terreno, construir viveiros para piscicultura se torna uma  ação não recomendável.

  • Características Físicas
Um terreno argiloso é vantajoso devido a capacidade de impenetrabilidade do solo, bem como os minerais produzidos por ela. Os arenosos, por sua vez, não são viáveis por não reterem a água, além de sua pobreza mineral. Entretanto, é interessante a construção de viveiros de derivação. Por outro lado, em  terrenos pedregosos não é aconselhável.