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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Piscicultura - Como Iniciar

- Como iniciar
Inicia-se a piscicultura com a avaliação de um local para o criadouro. Após isso, é necesária a escolha das espécies a ser cultivada. São relevantes alguns aspectos, tais como: adaptação da espécie, qualidade da água, nível de oxigênio, acidez e outros. Precisa de autorização governamental de órgãos como IBAMA e o Ministério Público, salvo se for lugar de pesca esportiva, como pesque-pague ou pesque- solta. 
Depois de escolhido o local e devidamente autorizado pelo governo, deve-se escolher a melhor espécie de alevinos(filhotes de peixe) de boa procedência. A partir disso, com um bom manejo, aplicando as técnicas de reprodução, nutrição, obtém-se alta qualidade produtiva e, consequentemente, bom retorno financeiro.
 

  •  Preparando o terreno
terreno1.jpgO criadouro ou viveiro da piscicultura pode ser um reservatório escavado em local natural, onde haja sistemas de abastecimento e de drenagem da água, a fim de encher ou esvaziar o tanque em curtos intervalos de tempo.  O tanque tem sua estrutura parecida com a do viveiro; revestido com alvenaria de pedra ou tijolo em concreto. Na piscicultura são usados diversos tanques, dependendo  da sua finalidade (manutenção de reprodutores, preparo de reprodutores, acasalamento, criação de pós-larvas e de alevinos, engorda, etc.).
Os viveiros são classificados em dois tipos:


Viveiro de barragem – é construído no fundo de um vale, onde corre curso de água em  córrego ou olho d'água, mediante o crescimento de uma pequena barragem ou dique.

Viveiro de derivação – escavado ou elevado no terreno natural, é abastecido por água de nascente, de uma represa ou açude, por meio de um sifão, galeria etc. A água é conduzida por canais abertos ou turbilados ou até mesmo por bombeamento através de curso de água ou reservatório, dando controle de entrada e saída de água.
O tanque é menor que o viveiro, tendo sempre características de derivação

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  • Qualidade da água
agua.jpgA água deve ser de qualidade. É importante verificar a temperatura dela, pois isso influencia na reprodução e no crescimento do pescado. Temperaturas muito baixas ou elevadas atingem negativamente na alimentação dos peixes. Mede-se usando um termômetro de imersão com escala de 0 a 50ºC. A água do fundo é tirada por um frasco com tampa, que é destampado quando atinge a profundidade desejada. É preciso levá-lo depressa para a superfície e a temperatura da água no interior medida.
Quanto mais transparente a água, maior será a penetração da luz, essencial para os seres produtores de matéria orgânica, os fitoplânctons, bactérias fotossintéticas e macrófitas aquáticas, organismos que dependem da luminosidade para fazer fotossíntese. As águas claras são as melhores para abastecer os tanques, levemente azuladas ou esverdeadas. Com um instrumento chamado disco de SECCHI é possível medir a transparência da água.
Amarra-se o disco com um cabo de náilon de 3/16”, mergulha - o até que não seja mais visto. Através do cabo, faz-se a medição da profundidade e a transparência da água dos viveiros deve ser menor do que 30cm.  


  • Quantidade de água
A quantidade necessária para encher o criadouro é diretamente proporcional à capacidade de acumulação, calculada com base em sua área e profundidade média. Por exemplo, quando ele possui área de um hectare e profundidade média de um metro, deve enchê-lo com 10 mil metros cúbicos de água, em intervalo de no máximo, 72 horas. Depois de cheio, só se coloca água para compensar as perdas por evaporação ou percolação.

  • Características Químicas
Quando der início à construção do tanque, é necessário conhecer o pH, dureza; alcalinidade e teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, ferro e alumínio. No caso do ferro e alumínio em alta escala no terreno, construir viveiros para piscicultura se torna uma  ação não recomendável.

  • Características Físicas
Um terreno argiloso é vantajoso devido a capacidade de impenetrabilidade do solo, bem como os minerais produzidos por ela. Os arenosos, por sua vez, não são viáveis por não reterem a água, além de sua pobreza mineral. Entretanto, é interessante a construção de viveiros de derivação. Por outro lado, em  terrenos pedregosos não é aconselhável.

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